segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Betinho

Betinho teve filho. Impossível não lembrar de quando o conheci. Amizade instântanea entre dois pré-adolescentes que se achavam grandes e que sonhavam com o futuro. Quer dizer, eu sonhava. Para Betinho, hoje sei, eram planos: projetos estrategicamente traçados desde a infância.
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Acho que nunca falei como tenho orgulho dele (por que deixamos de dizer coisas tão essenciais?). Orgulho de um cara que saiu de um cidadezinha de três mil habitantes (com importância de metrópole em minha vida) e conquistou o mundo - secretamente, seu principal projeto. Orgulho do filho e do amigo que ele é e, orgulho antecipado, do pai maravilhoso que sei que ele será. O que me deixa com mais orgulho, porém, é ter conhecido alguém que, obstinadamente, projetou e conquistou o que queria (sem esse blá, blá, blá de música da Xuxa e livro de auto-ajuda).
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Eu, continuo sonhando. Betinho, sei bem, ainda faz planos.

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