quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Crise Existencial


A força das coincidências é tão grande que, a ela, deu-se o nome de destino. Seguimos, efetivamente, um script? E qual o papel de cada um nessa grande peça que fomos convocados a encenar? Podemos escolher com quem contracenamos ou quais são as nossas marcações? Até onde vai o poder do roteirista? Têm os atores algum poder? Quem é o diretor? E, talvez, a mais importante das perguntas: quando sair de cena?


Manu, obrigada pela paciência

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Por que assisto ao BBB?


Quando digo que assisto Big Brother Brasil, a maioria das pessoas – salvo raras exceções – entoam um profundo e sonoro “vooooooocêêêêêê????”. Pode não parecer, mas trata-se de um elogio. Estão dizendo que me acham inteligente, culta e bem informada. É como se dissessem “mas eu te admiro tanto, não esperava isso de você”. Aceito o elogio truncado e enfrento a cara de decepção. Limito-me a responder: “sim, eu” e não estendo o assunto. Talvez a pessoa passe a me achar burra, inculta e mal informada. Talvez ela pense que continuo sendo interessante “apesar de assistir ao BBB”.

Porém, cansei de desconversar. Quero escancarar. Como diz o Pedro “a pessoa tem que se arriscar”. Então, para quem nunca entendeu os meus motivos, aqui vai o único deles: é porque eu GOSTO. Não assisto BBB para ver a mediocridade das pessoas. Não assisto BBB porque não tenho mais o que fazer. Não assisto BBB porque senão fico “por fora do assunto nacional”. Não assisto BBB porque na TV só tem baixaria mesmo. Assisto porque adoro o programa. Acho sensacional. Gosto da produção, da edição, do Pedro, das intrigas, do amor embaixo do edredom, de acompanhar as tramas, do humor, das intensidades de tudo, das festas e de quando eles falam “o Brasil”. “É o Brasil que tira da casa”, “é o Brasil que escolhe”, “o Brasil tá vendo”. Faço parte desse país. Torço, sofro, me envolvo, converso a respeito, amo, odeio e transformo domingos e terças à noite em dias sagrados em frente à televisão. E quer saber? Não me acho nem mais e nem menos inteligente por isso e o Brasil sabe que estou falando a verdade.

Retorno

Voltei. Tinha decidido matar este blog, liquidá-lo por total e absoluta falta de inspiração. Mas Joana, a anônima-revelada do post anterior, insistiu pelo retorno. Incrível como sua doçura exerce sobre minha carapuça - dura como rocha - um grande poder de persuasão. Este blog agora terá destino certo: Joana em suas tardes de tédio. Acho que ela é a única pessoa que ainda entra aqui. Será, portanto, um diálogo - uma conversa entre amigas impedidas pelo dia-a-dia de conversarem tanto quanto queriam.

Além disso, tenho um problema com o fim, a morte, a perda definitiva. Acho lastimável que algo termine, se finde indefinidamente ou, pior, eternamente. Voltar a escrever aqui é, portanto, minha pequena e silenciosa revolta contra o fim das coisas.