sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sandy new generation


Virar protagonista da novela das oito fez com que Ju Paes passasse a perseguir o título de nova Sandy brasileira (o cargo está vago, já que a própria Sandy nem é tão Sandy mais). Nada de bundona de fora e minúsculos biquínis. No seu desespero de parecer uma moça-bege-séria-de-família, a ex-gostosa apelou perdeu e entrou com um processo contra o colunista José Simão que, brincando com a personagem Maya, disse que Ju não é nada casta. Diferente de mim, o juiz não rolou de rir e pensou que fosse piada. Ele proibiu Simão de falar de Sandy, quer dizer, de Ju. Are baba!

OBS.: a fotinho aí de cima é pra provar que até cara de Sandy a danada já tá treinando

terça-feira, 28 de julho de 2009

Vingança

"Ministério pede multa de R$ 300 milhões a Oi/Brasil Telecom e Claro" foi a manchete de hoje do UOL. O motivo? Danos morais à sociedade. Como me incluo entre os lesados pela Oi (junto com 57% dos que procuram o Procon), essa notícia teve o saboroso gostinho da vingança.

A Oi já me irritou de todas as formas, entrando para a lista dos meus ódios eternos (junto com o Bush e o Sarney). Uma atendente uma vez me vendeu um plano que era muito bom, não fosse o simples detalhe que ele não existia. Descobri pela fatura. Há dois meses tento sair da Oi e virar uma net - skavurska - mas a linha cai sempre que menciono a palavra "cancelamento".

Hoje, pelo menos, não me sinto mais sozinha. Mais da metade dos indignados do país está comigo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Folha merece Lucas? ou Finalmente: a resposta

Liguei para o ombudsman da Folha e Lucas atendeu. Trabalha no departamento. Contei toda a minha saga em busca de uma explicação e ele – rufem os tambores – me deu. No nosso bate-papo de dez minutos, Lucas me brindou com um depoimento tão honesto (e melancólico) que gostaria de reproduzi-lo aqui:

“Minha senhora, sempre que perguntamos isso do Sarney a direção de redação diz que a Folha é pluralista. Dá espaço para diversas opiniões. E olha, creio que ele não vai sair tão cedo. Eles também não costumam responder sobre isso e esse é o assunto que mais gera reclamações e manifestações aqui no departamento. O ombudsman não tem força pra tirar ninguém do jornal (suspiro)”.

É isso: eles dão uma desculpa fuleira e, apesar de ser o tema que mais incomoda os leitores, não querem nem saber.

Queria ver Lucas na propaganda da Folha que diz “a verdade acima de tudo”. Queria ver Lucas na diretoria de redação do jornal. Sarney, certamente e finalmente, estaria fora da Folha.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Fora da Folha Sarney II: a missão


No dia 17 de julho, a Folha de S.Paulo trazia mais um texto de José Sarney: “guerra virtual”. O senador não estava se referindo à guerra travada contra ele nos blogs e twitters. Era mais um texto bege. Enquanto isso, eu esperava ansiosa pela resposta dos editores do jornal. Recapitulando:

Dia 03 de julho: encaminho um e-mail para o ombudsman do jornal querendo saber por que o Sarney é colunista e se essa situação irá se manter;

Dia 06 de julho: Elaine de Almeida, do controle de qualidade de serviços, me manda um e-mail dizendo que minha mensagem deve ser enviada a Editoriais;

Dia 10 de julho: mando o e-mail para editoriais@uol.com.br;

Hoje, dia 21 de julho: sem respostas, entro em contato com o Serviço de Atendimento ao Assinante. Pergunto pela minha resposta. “Qual era a pergunta?”. “Se o Sarney vai continuar escrevendo pro jornal e por qual motivo”. “Um momentinho”. Aí a atendente me avisa que eu tenho que entrar em contato com o ombudsman!! Anoto novo telefone: 08000-159-000. Ligarei amanhã.

A quem possa interessar, o e-mail que foi para os editores.

Prezados editores da Folha de S.Paulo,

Há alguns dias, entrei em contato com Ombusdman do jornal e me foi informado que meu e-mail deveria ser direcionado a vocês. Não compreendi o motivo. De qualquer forma, escrevo com esperanças de obter uma resposta transparente e corajosa.

A presença do Sarney como colunista da Folha é um ultraje e depõe contra a integridade do jornal, como já havia alertado Alberto Dines em texto publicado, em abril deste ano, no Observatório da Imprensa. Em face dos novos acontecimentos, essa situação é insustentável e bizarra. De um lado, o jornal se posiciona contra o senador por meio de seus editoriais. Na página seguinte, o mesmo senhor, antes atacado, tem um espaço para escrever o que bem entende.

A Folha não responde pela opinião do Sarney expressada de forma velada em seus textos. Ela não pode, no entanto, se eximir do fato de que concede espaço para que ele se expresse. Espaço, aliás, nobre.

A situação torna-se ainda pior diante do fato de que Sarney é um escritor medíocre, com textos totalmente dispensáveis.

Bom, peço que me respondam se essa situação irá se perpetuar e por qual motivo. Aproveito para copiar alguns amigos também interessados. Podem mandar a resposta com cópia para todos.

Atenciosamente,

Júlia Moysés
(leitora, assinante, jornalista e brasileira)

Florianópolis contra artistas


Já perceberam o potencial que leis municipais têm para serem estapafúrdias? As que eu mais adoro são as que proíbem raves para evitar o consumo de drogas, como se já não existissem leis para coibir o consumo de drogas, seja em raves, congados ou batizados.

Florianópolis, no entanto, superou todas as babaquices e proibiu que artistas de rua trabalhem em semáforos, alegando que são, em sua maioria, estrangeiros que estão ilegais no país. Mas já não existem leis contra imigrantes ilegais?

Acho que o secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Carlos Ferreira Rauen, e o prefeito, Dário Berger (do PMDB - só podia) não têm o que fazer. Melhor seria se fizessem uma rave ou fossem descolar uns trocados no sinal...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O Menino

Para o dia do amigo, um textinho antigo que escrevi pensando nos meus queridos amigos e em seus meninos:

Dentro de mim mora um menino. Não me refiro à lembrança tenra da aurora habitando o meu coração. Este vive nas minhas entranhas, mais ou menos entre o útero e o estômago. Trata-se de um moleque daqueles bem levados e sardentos.

O menino que em mim mora é do tipo que leva a mãe a comentar com as amigas: “não sei mais o que faço com esse menino”. É um menino de boletim vermelho e bochechas grandes, calças curtas e idéias mirabolantes, que perturbam a professora e a vizinha.

Ainda não consegui descobrir qual a fórmula para despertá-lo, mas pressinto quando ele irá surgir e abalar minha imagem de mulher sensata. Desconfio que ele consegue enxergar pelo meu umbigo e, ao se deparar com uma travessura irresistível, age sem que eu nada possa fazer.

Em diversas ocasiões, já tentei me explicar: “Olha. Não fui em quem disse isso. É que dentro de mim mora um menino muito mal-criado. Foi ele quem fez esse comentário totalmente inapropriado. Eu seria incapaz”. Nunca houve, porém, um ouvinte ofendido que acreditasse em mim. São poucas as pessoas que servem de morada para um menino.

Eu consigo identificar quem também tem um menino desses incorrigíveis dentro de si. Na verdade, é o meu menino (digo meu, mas não o comprei. Foi ele quem me escolheu) que reconhece e sussurra. “Tá vendo aquela pessoa? Ela também tem um menino dentro dela. E digo mais: ele é uma peste. Podemos ficar amigos?”. Eu resisto. Mas ele insiste tanto... Acabo cedendo. Sempre nasceram aí, amizades loucas, incondicionais e eternas.

domingo, 19 de julho de 2009

Em Milão

Tenho uma tia que é minha relações públicas (não oficialmente porque RP precisa de diploma). Ela divulgou esse endereço pra todos os seus contatos e eu morri de vergonha. Sabe a tia que te chama na sala cheia de visitas e diz: “meu sobrinho dança que é uma beleza, querem ver? Dança Jaime. Dança pra titia ver”? Mas é aquela vergonha meio orgulhosa porque quem tem blog é igual a quem dança: aparecido.

Essa minha tia é chique que dói (acho “que dói” muito bom. “Que dói” é o “pra caralho” singelo) e foi passar o seu aniversário em Paris. Mandou um e-mail para as mulheres da família relembrando a viagem que fizemos juntas para a Europa. “A primeira vez a gente nunca esquece”. Além de descortinar para mim, menina disneylândia, um mundo novo (mais conhecido como “velho mundo”), a Europa me consagrou na família como a “rainha das manotas de viagens”. Mas como esse espaço é meu, aproveito aqui para me vingar da titia contando um fora dela:

Titia pára em uma barraquinha que vendia chá gelado em Milão. Os sabores: limão e laranja. Ela pede um. O vendedor pergunta “lemon?”. Ela, mais do que depressa: “No. Brasileira”.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Palavrão


Disseram-me que o Berê tem uma linguagem chula. Que escrevo muito palavrão. Deve ser porque os falo pouco. Mas o palavrão tem um motivo de existir, não tem?

Imagino que estavam as palavras, carregadas de sentido que pegaram (alguns também são deixados) em sua longa caminhada, mas não conseguiam descrever, por exemplo, uma coisa demasiadamente boa. Juntaram “boa” e “demais”, “muito” e “boa” e até o próprio “demasiadamente”. Não funcionou. Foi aí que inventaram o “pra caralho”. Porque nenhuma coisa é tão boa até ela ser “boa pra caralho”. E por aí vai.

Um dia, o “cretino” foi chamado de “filho da puta”. Todos se entreolharam. Era isso! “Filho da puta”. Que também pode ser substituído por “grande filho da puta”, ou melhor, “grande filho de uma puta” que, convenhamos, é muito diferente de xingar de mau caráter.

Mais uma: merda. “A festa estava ruim”, pode até encorajar um “será?”. Já “a festa estava uma merda” é definitivo, indiscutível. Significa que a festa estava ruim pra caralho.

Enfim, tem coisas que palavras pequenas e médias não dão conta. Tem coisas que, desculpem-me, pedem um palavrão.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Fora da Folha Sarney!

Que o Sarney é um cretino, todo mundo, menos o Maranhão, sabe. Mas, além de cretino, o Sarney também é tão bom escritor quanto o Faustão é bom em brincar de vaca amarela (aquela que não pode falar). Mesmo assim, o cara é um highlander da Academia Brasileira de Letras e colunista do jornal Folha de S.Paulo. Será que não tinha alguém mais qualificado interessado em escrever no maior jornal do país? Será que o Sarney já não tem veículos de comunicação suficientes para se expressar? Lanço aqui a campanha: Fora da Folha Sarney! Ou seria melhor: “Cancelem suas assinaturas”?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Fora Sarney!

Tenho tanto nojinho do Sarney que não queria falar sobre ele, mas não tem jeito. Estou muito ansiosa pelo sai-não-sai e torcendo para que ele – carregando tudo o que representa de pior na política brasileira – seja enxotado. Nesse caso, sou a favor de “chutar cachorro morto”. Mas, até agora, quem foi chutado foi o Danilo Gentili, repórter do CQC. Pra quem não viu:



Para quem também está indignado: www.forasarney.com

Operação Abafa


Assistindo ao final da Copa do Brasil (tô de bobs), lembrei do bafão “Gornaldinho e os travestis”. Acho, no entanto, que só eu me lembro o que é, no mínimo, curioso.

As torcidas de futebol não perdoam. Quem não se lembra do “ô amaral, ô amaral, a sua japonesa tá sentada no meu pau” (substituir aqui por pintinho, mas aí não rima)? A principal tônica dos xingamentos contra o adversário é a homofobia (não agüento mais o “ô fulano, viado”. Que falta de criatividade). E a torcida do Palmeiras – só para citar a principal rival o time do Fenômeno – com esse “prato cheio” na mão não fez nenhuma brincadeira, musiquinha, piadinha...

Duvido muito que o senso de respeito à vida privada tenha, finalmente, chegado à pátria de chuteiras. É verdade que parte do mérito vem do carisma de Gornaldinho que, ao mesmo tempo é tão maravilhosamente fantástico e tão humanamente falível. Mesmo assim, não resisto a uma teoria da conspiração: uma operação-abafa-internacional envolvendo ONU, Nike, CBF e Patrícia Poeta. Será?