segunda-feira, 6 de julho de 2009

Palavrão


Disseram-me que o Berê tem uma linguagem chula. Que escrevo muito palavrão. Deve ser porque os falo pouco. Mas o palavrão tem um motivo de existir, não tem?

Imagino que estavam as palavras, carregadas de sentido que pegaram (alguns também são deixados) em sua longa caminhada, mas não conseguiam descrever, por exemplo, uma coisa demasiadamente boa. Juntaram “boa” e “demais”, “muito” e “boa” e até o próprio “demasiadamente”. Não funcionou. Foi aí que inventaram o “pra caralho”. Porque nenhuma coisa é tão boa até ela ser “boa pra caralho”. E por aí vai.

Um dia, o “cretino” foi chamado de “filho da puta”. Todos se entreolharam. Era isso! “Filho da puta”. Que também pode ser substituído por “grande filho da puta”, ou melhor, “grande filho de uma puta” que, convenhamos, é muito diferente de xingar de mau caráter.

Mais uma: merda. “A festa estava ruim”, pode até encorajar um “será?”. Já “a festa estava uma merda” é definitivo, indiscutível. Significa que a festa estava ruim pra caralho.

Enfim, tem coisas que palavras pequenas e médias não dão conta. Tem coisas que, desculpem-me, pedem um palavrão.

4 comentários:

  1. Realmente esse Blog tem muito palavão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Ahah, boa!
    Olá :) encontrei seu Blog numa busca da família Moysés pelo Twitter. É que pertenço a ela tb. Sou novo nessa rede, meu perfil lá é http://twitter.com/Hilton_chilreio . Podemos nos seguir?

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