terça-feira, 20 de outubro de 2009

Para Marina

Se Caymmi soubesse o quê hoje eu sei, não se aborrecia e nem se zangava com a pintura de Marina. Pois Marinas que são morenas vêm com blush de nascença, coloridas de fábrica.

E foi assim que veio essa daqui: cor-de-rosa (por isso, não provoque). Mede pouco mais de dois palmos e é a maior pessoa que já vi, capaz de preencher todos os espaços disponíveis e indisponíveis, alterar rotinas e horários, trocar o dia pela noite, pegar pela mão, de uma só vez, mamãe, papai, avós, titias... e deixar todos ali, à sua volta. “Parem de babar e me deixem dormir”.

Pra completar, o artista celeste que lindamente pintou Marina tratou de dar-lhe logo dois olhinhos brilhantes, tais quais os brinquinhos já ganhados. Seus olhos são da esperança o recado. Fitam-nos (sim vovó, eles fitam) como se dissessem: “ei, vocês que tanto choraram. Vocês que maldisseram os deuses e esqueceram que tudo é renovação, um eterno começar. Eis-me aqui”.

E assim, colorida, pequenina-grande e brilhante, Marina inunda nossa vida de amor.

4 comentários:

  1. ahhhh
    Aguardava ansiosamente pelo post dedicado a Marina!
    Lindo! Lindo!

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  2. Júlia, que lindo, sensível, amoroso, delicado e verdadeiro! Texto que faz bem à alma, ao cora ção, aos olhos e até à pele!( Nào são as lágrimas ótimas hidratantes?) Beijo grande, minha perspicaz escritora!

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  3. Júlia, adoramos! Realmente é de emocionar, tirar o folego...
    Nossa Marina, cada vez mais cor de rosa, cada vez mais trocando o dia pela noite, cada vez mais gostosa!!!
    Obrigado. Teresa e Antonio (Mamãe e papai)

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  4. E é assim, contagiados pelo rosa da pele e pela doçura desta mini-menina, que há dias acordamos mais leves. Maldade de quem não avisou que eu choraria ao ler o post. Meu rosto copia o dela na cor mesmo quando as lágrimas são acompanhadas de um sorriso leve.
    Beijinho da tia mari

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