terça-feira, 28 de abril de 2009
Um dia de fúria
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Menina Flor
Foi há cerca de três anos, quando recebi como missão escrever sua biografia para um site. A infância sendo acordado por folias de reis, o apelido de Zé Nosso, a criação de sacis, o respeito profundo pelas pessoas. Pereira me hipnotizou com o sorriso e me fez descobrir que viola era bom de escutar. Que viola também era pra jovem. Pra brincar de roda.
Pereira me faz, com sua música, ter saudades de uma vida que eu nunca tive, mas que está introjetada nos sonhos de minha alma mineira. Pereira me chamou de Menina Flor e, mesmo tendo total ciência da não exclusividade do codinome, me senti única. Quantas meninas flores você conhece?
Retiro o que disse. Sou fã de Chico Buarque. De Pereira e sua viola, sou seguidora.
A foto foi retirada do Myspace do artista:
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Maria Bandinha
Já eu, sempre gostei mais da turma dos bastidores do que dos holofotes. Na coxia, encontrei grandes amigos e um grande amor.
Uma semana sem escrever aqui. Uma semana escrevendo muito lá: http://www.conexaovivo.com.br/
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Obama toma banho
Será que quando o Obama está pelado, sozinho, se lavando como todo mundo se lava - uns mais outros menos -, naquele momento profundamente íntimo, ele não pensa: onde eu fui amarrar minha égua?
terça-feira, 14 de abril de 2009
Revistas de Beagá
Eu não as peço e não as compro, mas elas aparecem por milagre na caixa de correio da minha casa. Aos montes. Já mandei trocar a caixa achando que era defeito, mas de nada adiantou.
As notas são brilhantes:
“A economista Fulana de Tal nos surpreende. Acaba de se graduar em Administração”
Eu também costumo ficar chocada quando algumas pessoas se formam. Mas se eu fosse essa Fulana de Tal, chamava um amigo que impressionou a todos quando se formou em direito e processava o colunista.
A partir daí a coluna dá a notícia dos partos e, subitamente, nos tira da realidade do dia-a-dia belohorizontino e nos faz sentir em uma verdadeira corte inglesa da Era Vitoriana.
“Mais um bem nascido no pedaço”
“Aquele Outro e Aquela Outra já escolheram o nome de sua primeira herdeira”.
Bem nascido e herdeira não é muito agro-aristocrático? Bem-vindos a Pequenópolis.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
SAP
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Casal
Não estou triste.
Então por que você está chorando?
Porque você brigou comigo.
Mas eu não briguei com você.
É verdade.Você não brigou.
Então por que você está triste?
Não estou triste.
Então por que você está chorando?
Ah, estou em um dia assim chorosa. Chorando por chorar. Chorando pouquinho e baixinho só pra aliviar dos dias que não chorei. Tem tanto tempo que não choro!
Isso não faz sentido. Por que você não quer me dizer o motivo?
Porque não existe. É um choro sem tristeza e sem alegria. Choro de entrega, choro de caminhada, choro de existir.
Você está de TPM?
Não.
Ela enxuga as lágrimas e desiste de tentar explicar. Ele continua olhando desconfiado e desiste de tentar entender.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
"Bate Pri" perde para Maximiliano
A cachorra não ganhou. Já ganhou gay, gay enrustido, pobrinho, falso pobrinho, garanhão, mas cachorra ainda é demais para o “Brasil”, essa entidade que ainda não digere bem mulher que rebola até o chão ficar milionária (a não ser que ela fique milionária rebolando até o chão, sacou?).
E minha avassaladora decepção com a final do BBB (que eu já assumi que assisto desde o segundo post) me fez mudar de lado. Se antes eu defendia o entretenimento voyer, hoje, eu acho uma inutilidade sem sentido. O que existe de tão interessante em ver a vida alheia? Em outros realities shows, como o Supernanny você ainda aprende techniques fajutas e fica se sentindo mais capaz de criar uma criança do que a vizinha que teve cinco filhos e ainda cuidou do sobrinho. Mas e o BBB? Em nove edições eu só aprendi duas coisas: o “Brasil” pensa diferente de mim e sabão em pó mata formigas.
A curiosidade pela vida alheia é o que nos faz colocar a cara pra fora da janela tentando ver o vizinho gritando com o filho. O que pode ser mais ridículo do que isso? Em casos extremos, pode até descambar para crime. Com tanto conteúdo pornográfico disponível na rede, o que levou aqueles caras a colocarem uma câmara escondida no banheiro do um navio? E em banheiro público de metrô também tem gente, como diz o jornalista/apresentador, querendo dar uma espiadinha. Fica aqui a dica: espiar tem limites até para o Boninho. E, por falar em rede, quer um lugar mais impulsionado pelo voyerismo do que a internet?
Bom, vou desde já trabalhar para expurgar essa perversão de dentro de mim e aconselho vocês a fazerem o mesmo. Pelo menos até o BBB 10.
Gente, tô indignada com o Maximiliano achando que o “Brasil” ama ele.
terça-feira, 7 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Coisas que coleciono
Ao menos, minhas coleções são adquiridas de forma gratuita. As frases que coleciono podem ser ditas, escutadas, lidas ou pensadas. O meu interlocutor nem desconfia e eu zás: roubo uma frase e coloco em um dos vários caderninhos que me cercam (meus muquitos!).
Quanto aos marcadores, eles me fizeram entrar em um círculo virtuoso. Desde que descobriram que os coleciono, amigos e parentes me trazem de presente de viagem. Isso me torna um fardo a menos: “como é fácil dar presente para ela!”. Assim, sou mais querida, tenho mais amigos e ganho ainda mais marcadores.
Já propagandas eu sempre colecionei (já lancei a sessão “propagandas que coleciono”, muito mais atualizada no twiter). Antes do youtube, porém, guardava-as na memória. Decorava as músicas. Sempre adorei as músicas, até de propagandas que existiram antes que eu existisse. Quem nunca cantou “Voe Vasp. Céu azul, leste, oeste, norte ou sul”, foi mandado para a cama com um “já é hora de dormir, não espere a mamãe mandar”, se divertiu com o gordinho da Honda e seu pijama ou fez pipoca ao som de “pipoca na panela, começa a arrebentar...”. Como colecionadora, afirmo que propaganda para marcar tem que ser extremista, 8 ou 80, fazer rir ou emocionar.
Ainda irei falar das novas, mas não neste post, pois estou saudosista. Talvez escreva uma biografia – minha vida em propagandas.
sábado, 4 de abril de 2009
O homem do discurso
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Manifesto dos Vespertinos
A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história da luta de relógios biológicos. A luta entre matutinos e vespertinos. Opressores e oprimidos.
Os matutinos obrigam as nações a adotarem como único horário comercial aquele compreendido entre 9h e 18h. Estabelecem que as aulas devem começar às 7 horas da manhã. Em uma palavra, criam um mundo à sua imagem e semelhança.
Os vespertinos são constrangidos a adotarem, diariamente, horários que agridem cruelmente o seu relógio biológico. Milhares e milhares já tentaram, em vão, adquirir o hábito de dormir e acordar cedo.
Os vespertinos têm o direito de dispor como bem entenderem de suas madrugadas enquanto os matutinos se dão ao direito de dormir. Não se trata de insônia, mas de preferência geneticamente determinada.
Os vespertinos não podem apoderar-se do direito de viver de acordo com sua natureza senão estimulando a criação de serviços 24 horas e de horários comerciais alternativos, das 14h às 22h.
Os matutinos produzem, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória dos vespertinos são igualmente inevitáveis.