terça-feira, 21 de julho de 2009

Fora da Folha Sarney II: a missão


No dia 17 de julho, a Folha de S.Paulo trazia mais um texto de José Sarney: “guerra virtual”. O senador não estava se referindo à guerra travada contra ele nos blogs e twitters. Era mais um texto bege. Enquanto isso, eu esperava ansiosa pela resposta dos editores do jornal. Recapitulando:

Dia 03 de julho: encaminho um e-mail para o ombudsman do jornal querendo saber por que o Sarney é colunista e se essa situação irá se manter;

Dia 06 de julho: Elaine de Almeida, do controle de qualidade de serviços, me manda um e-mail dizendo que minha mensagem deve ser enviada a Editoriais;

Dia 10 de julho: mando o e-mail para editoriais@uol.com.br;

Hoje, dia 21 de julho: sem respostas, entro em contato com o Serviço de Atendimento ao Assinante. Pergunto pela minha resposta. “Qual era a pergunta?”. “Se o Sarney vai continuar escrevendo pro jornal e por qual motivo”. “Um momentinho”. Aí a atendente me avisa que eu tenho que entrar em contato com o ombudsman!! Anoto novo telefone: 08000-159-000. Ligarei amanhã.

A quem possa interessar, o e-mail que foi para os editores.

Prezados editores da Folha de S.Paulo,

Há alguns dias, entrei em contato com Ombusdman do jornal e me foi informado que meu e-mail deveria ser direcionado a vocês. Não compreendi o motivo. De qualquer forma, escrevo com esperanças de obter uma resposta transparente e corajosa.

A presença do Sarney como colunista da Folha é um ultraje e depõe contra a integridade do jornal, como já havia alertado Alberto Dines em texto publicado, em abril deste ano, no Observatório da Imprensa. Em face dos novos acontecimentos, essa situação é insustentável e bizarra. De um lado, o jornal se posiciona contra o senador por meio de seus editoriais. Na página seguinte, o mesmo senhor, antes atacado, tem um espaço para escrever o que bem entende.

A Folha não responde pela opinião do Sarney expressada de forma velada em seus textos. Ela não pode, no entanto, se eximir do fato de que concede espaço para que ele se expresse. Espaço, aliás, nobre.

A situação torna-se ainda pior diante do fato de que Sarney é um escritor medíocre, com textos totalmente dispensáveis.

Bom, peço que me respondam se essa situação irá se perpetuar e por qual motivo. Aproveito para copiar alguns amigos também interessados. Podem mandar a resposta com cópia para todos.

Atenciosamente,

Júlia Moysés
(leitora, assinante, jornalista e brasileira)

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. se todos se manifestassem...
    concordo contigo, sempre me faço ouvir.
    ouça quem quiser, pelo menos me expressei.
    é o mínimo.

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  3. Sucesso na sua campanha pr'ele se mandar do jornal :-) Gostei da abordagem. Vou e-mailar o povo lá tb.
    Há pco li esta coluna http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/70-do-conselho-de-etica-tem-ficha-com-problemas/ que tb envolve o Sarney...e zás! me lembrei do seu blog.
    []s

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