Dentro de mim mora um menino. Não me refiro à lembrança tenra da aurora habitando o meu coração. Este vive nas minhas entranhas, mais ou menos entre o útero e o estômago. Trata-se de um moleque daqueles bem levados e sardentos.
O menino que em mim mora é do tipo que leva a mãe a comentar com as amigas: “não sei mais o que faço com esse menino”. É um menino de boletim vermelho e bochechas grandes, calças curtas e idéias mirabolantes, que perturbam a professora e a vizinha.
Ainda não consegui descobrir qual a fórmula para despertá-lo, mas pressinto quando ele irá surgir e abalar minha imagem de mulher sensata. Desconfio que ele consegue enxergar pelo meu umbigo e, ao se deparar com uma travessura irresistível, age sem que eu nada possa fazer.
Em diversas ocasiões, já tentei me explicar: “Olha. Não fui em quem disse isso. É que dentro de mim mora um menino muito mal-criado. Foi ele quem fez esse comentário totalmente inapropriado. Eu seria incapaz”. Nunca houve, porém, um ouvinte ofendido que acreditasse em mim. São poucas as pessoas que servem de morada para um menino.
Eu consigo identificar quem também tem um menino desses incorrigíveis dentro de si. Na verdade, é o meu menino (digo meu, mas não o comprei. Foi ele quem me escolheu) que reconhece e sussurra. “Tá vendo aquela pessoa? Ela também tem um menino dentro dela. E digo mais: ele é uma peste. Podemos ficar amigos?”. Eu resisto. Mas ele insiste tanto... Acabo cedendo. Sempre nasceram aí, amizades loucas, incondicionais e eternas.
O menino que em mim mora é do tipo que leva a mãe a comentar com as amigas: “não sei mais o que faço com esse menino”. É um menino de boletim vermelho e bochechas grandes, calças curtas e idéias mirabolantes, que perturbam a professora e a vizinha.
Ainda não consegui descobrir qual a fórmula para despertá-lo, mas pressinto quando ele irá surgir e abalar minha imagem de mulher sensata. Desconfio que ele consegue enxergar pelo meu umbigo e, ao se deparar com uma travessura irresistível, age sem que eu nada possa fazer.
Em diversas ocasiões, já tentei me explicar: “Olha. Não fui em quem disse isso. É que dentro de mim mora um menino muito mal-criado. Foi ele quem fez esse comentário totalmente inapropriado. Eu seria incapaz”. Nunca houve, porém, um ouvinte ofendido que acreditasse em mim. São poucas as pessoas que servem de morada para um menino.
Eu consigo identificar quem também tem um menino desses incorrigíveis dentro de si. Na verdade, é o meu menino (digo meu, mas não o comprei. Foi ele quem me escolheu) que reconhece e sussurra. “Tá vendo aquela pessoa? Ela também tem um menino dentro dela. E digo mais: ele é uma peste. Podemos ficar amigos?”. Eu resisto. Mas ele insiste tanto... Acabo cedendo. Sempre nasceram aí, amizades loucas, incondicionais e eternas.
É a segunda vez que leio este texto e novamente me emocionei!
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