Somos a sombra do que um dia fomos e somente esboço do que queríamos ser. Perdemos a memória do futuro.
Onde guardamos as lembranças do que viveríamos?
Onde estão as fotos do que estava para acontecer?
Onde está o que estava para acontecer?
Em um esquizofrênico teatro do cotidiano, encenamos nós mesmos. Intermináveis monólogos ou diálogos non senses. Por vezes sou bruxa, em outras palhaço. Nunca sou o papel (revelador) que reivindico: o de iluminador. Nessa vida-metáfora, não queria estar em cena, a ter que lembrar diariamente de minhas falas e marcações. Minha personagem me entedia.
Lá fora tudo bate, espreita, roda, buzina e convoca. Aqui, nada acontece. Coloco gelo nos hematomas de embates que não quero mais ter. Mesmo assim, os tenho. São os restos de uma pulsação vital.
Na desesperança, me aconchego, sossego. Na desesperança, sou livre e feliz.
meu bebeee!!!!
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