Jairzinho queria um montão de coisas, mas nunca conseguia escolher. Desde pequeno era assim:
- Picolé ou chocolate?
- Montanha russa ou trem fantasma?
- Gosta mais do papai ou da mamãe?
E Jairzinho não conseguia. Sofria, chorava, mas nada definia. “Quero tudo!”. “Tudo não pode!”, dizia a mãe, bradava o pai e insistia a tia.
Com o passar dos anos, sua querência cheia de dúvidas só aumentava e a situação piorava:
- Namoro a ruiva ou a morena?
- Faço medicina ou artes plásticas?
- Mudo-me pra Bahia ou fico onde estou?
- Caso ou compro uma bicicleta?
Jairzinho já sabia, não precisavam mais dizer: “tudo não pode”, mas como deixar de querer?
E Jairzinho, de tanto pensar e não agir, de tanto querer e não escolher, envelheceu e descobriu: nada tinha.
- Picolé ou chocolate?
- Montanha russa ou trem fantasma?
- Gosta mais do papai ou da mamãe?
E Jairzinho não conseguia. Sofria, chorava, mas nada definia. “Quero tudo!”. “Tudo não pode!”, dizia a mãe, bradava o pai e insistia a tia.
Com o passar dos anos, sua querência cheia de dúvidas só aumentava e a situação piorava:
- Namoro a ruiva ou a morena?
- Faço medicina ou artes plásticas?
- Mudo-me pra Bahia ou fico onde estou?
- Caso ou compro uma bicicleta?
Jairzinho já sabia, não precisavam mais dizer: “tudo não pode”, mas como deixar de querer?
E Jairzinho, de tanto pensar e não agir, de tanto querer e não escolher, envelheceu e descobriu: nada tinha.