sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Juca

Juca não fazia poesia,
Nelas, ele vivia,
Nunca ficava calado,
E falava tudo rimado.

Pra comprar pão na padaria,
Tinha que mencionar a tia,
Pra encomendar do dente uma prótese,
Tinha que recorrer a hipótese.
E quando não encontrava,
Alguma palavra que rimava,
Juca emburrava,
E de assunto mudava.

Até que Juca perdidamente se apaixonou,
Pela colega de trabalho ele se enamorou,
Mas entrou em um dilema,
Não pensava em nada pra rimar com Efigênia.

E, sem verso e nem prosa,
Sem rima e nem rosa,
O romance de Juca acabou.

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