Amor não é alegria. É angústia.
Não são fogos de artifício. É implosão.
No lugar da paz, inquietação.
Amor é ansiedade em seu estado puro.
Essencialmente, pertubador.
Amor é loucura e, valham-me os clichês, rima com dor.
Amor faz da dúvida morada.
Me ama? Ficará comigo? O que está a pensar?
A mente do ser amado: um mistério a decifrar.
E, mesmo assim, tem o Amor um incontável séquito de seguidores.
Masoquistas do coração, escolhem na incerteza viver.
Gritam de peito aberto e a plenos pulmões: que venham o medo e a insegurança.
Não são alegres. Seres cuja ideia do fim está sempre à espreita.
Mas como são felizes os desgraçados!