sábado, 22 de maio de 2010

Estação


Na estação deserta,
Cheia de esperança, mala azul desbotada, sapato vermelho, casaco marrom, laço no cabelo.
Espera, espera, espera.
Senta, levanta, olha a estrada.
O relógio grande de metal da parede faz tic-tac, tic-tac
e tic-tacteia o tempo.
Tic-tacteia sua ansiedade.
O trem velho aparece em câmera lenta.
Mãos geladas, coração acelerado, respiração interrompida.
Desce a velha, a criança, o bêbado.
Ninguém mais.
Ninguém não veio.
Desembarcou na estação errada.

Um comentário:

  1. Jubico que lindo... pobrecitoa. Amo sua forma de escrever e de expressar com pouco o muito.
    Na contramao da estacao esta a viagem que nunca chega. A distancia de mao dada com ninguem vira lagrimas....
    Te amo e te admiro muito demais da conta
    Besos Sumaman

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